Autor(a): M. R. Carey
Ano de Lançamento: 2014
Editora: Fábrica 231 (Rocco)
Número de Páginas: 384
Gênero: Literatura Inglesa - Ficção/Distopia/Ficção Científica
Avaliação: 5/5
"Todas as manhãs, Melanie aguarda em sua cela para ser levada à sala de aula. Quando os militares chegam para buscá-la, o sargento Parks aponta uma arma em sua direção, enquanto dois soldados a amarram a uma cadeira de rodas e a conduzem por um longo corredor. Ela não entende porque ele não gostam dela e brinca que não vão mordê-los. Mas eles não acham engraçado. Querem apenas continuar vivos."
Ao ver esse livro, já o desejei só pela capa, que é perfeita. Enfim, muitas pessoa podem achar que o livro se trata de super-heróis pelo fato de Carey, o autor, ter escrito essa maravilha, mas são os zumbis as criaturas desta história. E Melanie pode ser considerada uma, algo em seu DNA (por assim dizer), a faz com que seja considerada uma criança superdotada.
Em um mundo pós-apocalíptico a população foi dizimada por um fungo parasita, o mesmo encontrado em florestas da América do Sul. Porém algo no organismo das crianças faz com que elas não sejam um faminto (como são chamados os zumbis), pois ainda podem pensar, aprender, ler e até falar, só não podem sentir o cheiro de carne humana. As mesmas foram capturadas das ruas e levadas a base militar onde a Dra. Caldwell procura por uma vacina e acabar com esse mal, e as estruturas cerebrais dessas criaturinhas podem ser seu único caminho. Os pequenos vivem em uma cela pequena e toda fechada (claustrofóbico demais, não?), e suas rotinas se baseiam em ir para a aula e, aos domingos, tomarem um banho químico e se alimentarem (de larvas!). Tudo isso bem pressos a uma cadeira de rodas.
Em um mundo pós-apocalíptico a população foi dizimada por um fungo parasita, o mesmo encontrado em florestas da América do Sul. Porém algo no organismo das crianças faz com que elas não sejam um faminto (como são chamados os zumbis), pois ainda podem pensar, aprender, ler e até falar, só não podem sentir o cheiro de carne humana. As mesmas foram capturadas das ruas e levadas a base militar onde a Dra. Caldwell procura por uma vacina e acabar com esse mal, e as estruturas cerebrais dessas criaturinhas podem ser seu único caminho. Os pequenos vivem em uma cela pequena e toda fechada (claustrofóbico demais, não?), e suas rotinas se baseiam em ir para a aula e, aos domingos, tomarem um banho químico e se alimentarem (de larvas!). Tudo isso bem pressos a uma cadeira de rodas.
"A cela é pequena e quadrada. Tem uma cama, uma cadeira e uma mesa. Nas paredes, que são pintadas de cinza, existem quadros; um grande, da floresta amazônica, e um menor, de um gato bebendo leite em um pires."
"Os domingos são como os sábados, só que tem a comida e o chuveiro. No início do dia, as crianças são colocadas em suas cadeiras como se fosse um dia de aula normal, mas com as mãos e o braço desamarrados. [...] Depois o pessoal do sargento traz as tigelas com a comida e colheres [...] Na tigela tem um milhão de larvas, todas se mexendo e se retorcendo umas por cimas das outras. As crianças comem."
Essa é a única realidade que Melanie conhece e acha normal. Porém ela é considerada especia por todos justamente pela sua sede de conhecimento e sua vontade de descobrir como é o mundo fora da base, além da cerca. Ela ama sua professora, a Srta. Justineau e ainda mais as histórias que ela conta. Sua favorita é a de Pandora. E talvez elas sejam realmente parecidas.
"- Esta é a Pandora - disse a Srta. Justineau. - Ela era uma mulher maravilhosa. Todos os deuses a abençoaram e lhe deram dons. É isso que seu nome significa...'A menina com todos os dons.' Então ela era inteligente, corajosa, bonita, engraçada e tudo mais que vocês iam querer ser."
Mas um acontecimento pode por pesquisas a perder, assim como algumas mortes também. O que restam é saírem para o mundo a fora a caminho de Beacon, onde vivem os refugiados. E os famintos não são suas únicas preocupações.
Meu Deus, esse livro é perfeito! Nunca li nenhum livros de zumbis (mas já vi diversos filmes) e posso dizer que a trama (que aliás pode ser considerada filosófica) criada por M. R. Carey foi incrível. Ele fez com que cada pequeno detalhe descrito seja importante para o entendimento do contexto, principalmente no final do livro. Um narrador de 3º pessoa que parece sentir o mesmo que os personagens é bacana, e sua descrição dos fatos, objetos, lugares e pessoas são bem escritos. Uma Londres destruída também foi o que mais gostei, e em todas as ruas e matas, eu me sentia como se estivesse realmente lá. O suspense vem nos momentos certos, você sempre fica aflito quando eles entram em algum local, ouvem algum barulho ou simplesmente não podem se mexerem e deixarem de ser identificados pelos famintos. O desespero começa tomar conta!
De todos esses aspectos, a personagem Melanie foi o melhor. Ela é muito adorável e inteligente. E seja uma frase ou um gesto, ela conquista o leitor e os outros personagens rapidamente. E ela pode provar tudo isso ao final do livro, que aliás pode lhe deixar boquiaberto.
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