Nome Original do Livro: The drowning girl: a memoir
Autor(a): Caitlín R. kiernan
Ano de Lançamento: 2014
Editora: DarkSide Books
Número de Páginas: 320
Gênero: Literatura Americana - Suspense/Fantasia
Avaliação: 4/5
Um livro inquietante dentro de outro livro. Uma grande confusão onde nem a personagem esquizofrênica consegue se encontrar. Confundir o leitor é a intenção.
Imp (India Morgan Phelps) é filha e neta de mulheres que buscaram o suicídio para se livrarem de suas pertubações esquizofrênicas. Ela é a única que não quer isso e luta com suas memórias e pensamentos para separar o real do não-real e descobrir quem realmente é, buscando saber o melhor sobre a inusitada e misteriosa Eva Canning e de sua relação com a namorada transgênera Abalyn.
Imp vai e vem no tempo da história. Algumas vezes ela não quer contar algo que o leitor fica curioso para saber, outras ela conta e depois diz que é mentira. Ou simplesmente cria dois tempos para um único acontecimento. Uma personagem que te deixa com medo de um simples quadro com um borrão no centro ou um lago a beira de uma estrada.
"Reler os capítulos"- isso será normal para essa leitura. Palavras que talvez não conheça irá aparecer várias vezes, a incoerência esta em todas as páginas. A nossa narradora-personagem também adora inserir poemas, músicas e frases no meio da leitura (trechos de "Alice no País das maravilhas" e de "Moby Dick", letras do Radiohead, trabalhos de Edgar Alan Poe e muitos mais). Escreve errado e depois apaga. Há alguns erros ortográficos que, creio eu, foram propositais.
O cenário está fantástico nesse livro, assim como o resto dele. A fantasia se mistura com o horror e o real, e você já não sabe mais qual o gênero do livro.
Sim, eu demorei para terminar esta leitura pois não é algo com que estou acostumado. A escrita não é complicada, mas a junção delas sim. Um desafio para qualquer leitor. Uma narrativa não-linear que faz você entrar em uma mente insana e obsessiva-compulsiva. Aom menos Imp nos avisa para não confiar muito nela. Não abandonem este livro, vai ser difícil no começo, porém depois não terá como parar.
Ah! E Neil Gaiman tinha razão: ninguém escreve como Caitlín.
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